terça-feira, janeiro 22, 2008

BCP - A reforma do Millennium vai para o Opus Dei?

Ganhou indemnização à cabeça de 10 milhões de euros para deixar grupo
O ex-presidente da Comissão Executiva (CEO) do Banco Comercial Português (BCP), Paulo Teixeira Pinto, saiu há cinco meses do grupo com uma indemnização de 10 milhões de euros e com o compromisso de receber até final de vida uma pensão anual equivalente a 500 mil euros, diz o jornal «Público».
Carlos Esperança in http://www.ateismo.net/

sábado, janeiro 19, 2008

Papa Católico recupera tradição do Séc.XVI

O Papa Católico decidiu recuperar prácticas antigas centenárias, nomeadamente em uso há 500 anos atrás, tais como virar as costas ao seus fiéis e proferir as suas cerimónias religiosas em Latim, tornando assim muito mais dificil aos receptores da mensagem a sua compreensão... e quem não compreende Latim, mais dificilmente pode criticar as falhas e contradições de raciocínio daquela Doutrina.

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=273538&idselect=91&idCanal=91&p=200

Sem dúvida, uma estratégia castradora do diálogo intereligioso onde em vez de se apurarem diferenças e semelhanças, se escondem as mesmas, vontando a Igreja Católica a fechar-se sobre si mesma dentro dos muros da incompreensão.

... na sequência do envio do PR ao TC

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?idCanal=0&id=267849

... na sequência da posição do T.C.

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?idCanal=0&id=270716

(In)Justiça: Carreiras e remunerações

Os magistrados do Ministério Público congratularam-se ontem com a aprovação na Assembleia da República das alterações à Lei dos Vínculos, Carreiras e Remunerações da Administração Pública.

O diploma aprovado apenas com os votos do PS não faz agora qualquer referências aos magistrados judiciais e do Ministério Público, já que os artigos foram eliminados, permitindo adequá-lo à Constituição. Note-se que o Presidente da República tinha enviado a lei para o Tribunal Constitucional (TC) que chumbou vários artigos.

“Era inevitável”, comentou ontem ao CM o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP). Para António Cluny a solução encontrada “é a mais razoável e evita mais problemas”. Cluny disse também esperar que os princípios que presidiram a esta “decisão histórica e dentro da tradição portuguesa” sejam seguidos quando se discutir o Estatuto dos Magistrados do Ministério Público.

Já para os magistrados judiciais as alterações introduzidas ontem no diploma “não constituem surpresa”. De acordo com o presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses (ASJP), António Martins, “a Assembleia da República não poderia ter outra atitude. Era a decisão natural que resultava do acórdão do Tribunal Constitucional”.

Digamos que “não foi uma opção política do Governo, porque se viu obrigado a fazê-lo já que aquilo que tinha feito anteriormente era inconstitucional”, declarou António Martins.

A propósito destas alterações, os partidos da Oposição consideraram que o Governo sofreu uma derrota política. O deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares referiu-se mesmo a “uma enorme derrota do Governo e do secretário de Estado da Administração Pública”.
in CM

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Estudo sobre o estado da (In)Justiça em Pt

Aumento de meios humanos "prejudicou" vida nos tribunais

O Governo considera "ultrapassado", o estudo da Universidade Nova de Lisboa, hoje apresentado – e, que revela que as reformas dos últimos anos na Justiça em nada contribuíram para o descongestionamento dos tribunais cíveis. Pelo contrário, a situação agravou-se desde o ano 2000.

O secretário de Estado da Justiça desvaloriza as conclusões dos investigadores da Faculdade de Economia. O estudo conclui por exemplo que nos dez tribunais cíveis mais congestionados do País - todos na Grande Lisboa - o tempo médio de espera por uma decisão judicial, era em 2004 superior a dois anos.

Os investigadores chegaram à conclusão que há demasiados juízes, demasiados tribunais, demasiados advogados e demasiados funcionários judiciais. E todos esses demasiados contribuíram para o caos da Justiça Cível em Portugal porque quanto mais o sistema se expande, mais as pessoas recorrem a ele, congestionando-o rapidamente.

O estudo critica o Governo. Diz que as medidas de descongestionamento dos tribunais são totalmente baseadas numa avaliação parcial, estática e míope. Soluções Os investigadores sugerem medidas drásticas para cortar a rente a excessiva burocracia do andamento dos processos. Entendem que é preciso diferenciar as custas judiciais entre privados e grandes empresas. E, levantam a polémica a dizer que os magistrados deveriam ser pagos consoante o desempenho.

Um lamento final: não é possível dizer ainda quanto custa a Justiça cível em Portugal. As entidades competentes não disponibilizam os dados. Entre as soluções apresentadas para descongestionar a Justiça Cível em Portugal, os autores do estudo defendem que os cidadãos devem poder passar a escolher o tribunal, onde querem julgar cada caso.

Reacções

O bastonário da Ordem dos Advogados considera que, não havendo falta de funcionários no aparelho de Justiça, os atrasos nos processos devem ser alvo de investigação e de responsabilização profissional. António Marinho Pinto defende ainda que a progressão na carreira dos juízes seja feita em função do número de decisões que profere.

A Associação Sindical dos Juízes, considera um disparate, esta sugestão, acusando o bastonário dos advogados de ter uma visão meramente quantitativa da Justiça.

in SIC On-Line, 18-01-2008

sexta-feira, janeiro 11, 2008

O Dakar é para duros

Começou por ser o Paris-Dakar, por fim já se estava a tornar um hábito o Lisboa-Dakar. O rallye mais exigente do Mundo foi um desejo de aventureiros franceses que tinha como pano de fundo uma série de valores históricos, culturais e económicos francófonos. Não foi à toa que saía sempre de Paris e que tinha sempre como destino Dakar, capital de um país africano colonizado pelo franceses. Todos os apoios reunidos ao longo dos anos, foram no sentido de apoiar esse grande projecto francófono, "a maior prova automobilistica do Mundo" era um orgulho para uma Nação que há muito já se tinha deixado desses protagonismos de querer ser a maior do Mundo, fosse no k fosse. Mas França tinha ainda uma indústria automóvel próspera, acessível, pioneira e líder em alguns países do globo. Este grande rallye interessava às marcas francesas, como às alemãs (e aqui entrava o poderoso eixo franco-alemão, líder europeu), e enquanto os entusiastas do desporto automóvel, alheios a todo o jogo político é económico de bastidores garantia o sucesso da prova, os seus organizadores regozijavam-se com a aposta ganha na mesma.

Mas entretanto, as gerações vão envelhecendo, e os mais novos por alguma razão desentenderam-se, deixando de existir as condições necessárias para a prova sair de Paris. Os espanhóis, sempre oportunos, aproveitaram a deixa e "arrebanharam" a prova, fazendo-a sair de Barcelona.

Mas entretanto, havia ainda outro povo, os portugueses, sempre os maiores admiradores dos espanhóis, pensaram: se os os "nuestros hermanos" conseguem trazer o Dakar para Barcelona, então nós também o podemos trazer para Portugal.

E surgiu um relevante nome conotado à Direita mais liberal (a esquerda da direita), João Lagos, que tinha vindo a patrocinar grandes eventos desportivos, mais elitistas, em Portugal. Portugal rejubilou com este grande evento caído do céu aos trambolhões, nem parecia verdade... de repente, ano após ano, já se estava a tornar uma tradição a maior prova automobilistica de endurance do Mundo sair da Praça do Império Portuguesa!... a relembrar os "grandes" tempos em k Portugal se impunha no Mundo.

Entretanto, surge uma nova ameaça mundial, a Al-Qaeda, que vem combater o seu "inimigo colonialista mundial, os EUA", bem como os seus aliados, incluindo a Europa. Começando pelo Afganistão, Paquistão, irão, Iraque, Arábia Saudita, Egipto, todo o Médio Oriente, alastrou-se à Costa Atlântica de África, à Argélia, a Marrocos. A maior prova automobilistica do Mundo é sem dúvida um daqueles palcos que os projectaria nas bocas do Mundo novamente, se um ataque bem planeado e executado fosse perpretado, não vá a opinião pública ocidental esquecer-se do 11 de Setembro, nunca se sabe...

Quem de certeza não estaria a gostar desta intromissão estrangeira neste projecto de raíz e cariz francófono, seriam os franceses, que até o foram tolerando, enquanto portugal era o parente pobre da Europa. Mas entretanto Portugal foi-se afirmando na cena mundial, foi fazendo alianças à margem desta, por exemplo, na cimeira das lages, ganhou a presidência da Comissão Europeia com Durão Barroso, Sócrates fez-se 1º Ministro e afirmou-se triunfalmente na cimeira de Lisboa, presidindo ao Parlamento Europeu, e o Dakar estava a sair consecutivamente da Praça do Império lusa... cada vez mais o Dakar era uma prova portuguesa... intragável para os franceses, mesmo com a "excelente" relação entre Sócrates e Sarcozy... por causa dela, nada poderia ser feito directamente, apenas o boicote "inocente".

Desaconselhar a prova aos concorrentes franceses com base na ameaça séria terrorista era algo perfeitamentre legítimo à França, e que tornaria a prova desprovida do seu miolo, nada do que era antes. Mas os portugueses, como sempre, de direita, pela segurança, muito cautelosos, que primam a segurança sobre o risco, que têm medo de morrer, vai logo de cancelar a prova, alegando que era a única coisa a fazer.

Meus amigos, o Dakar é e sempre foi para duros, quer no terreno quer na organização, é para quem ama um bom desafio. Querem maior desafio do que a própria vida em risco devido à maior ameaça terrorista mundial?
O Dakar foi pensado e ambicionado por "loucos temerários" que amam a vida para se sentirem vivos, com a adrenalina a correr nas veias, e onde um dos maiores prémios é sair com vida da aventura, se conseguir chegar nos primeiros lugares então, é um herói. Não é para "marialvas" que têm medo de morrer e que exigem ficar em acomodações tipo hoteleiras todas as noites, com um bando de criados a rodeá-las.

E como se ganhou Matéria disponível, mas se perdeu o Espírito intrínseco à prova, perdeu-se a liderança, a motivação, a vontade de correr risco, perdeu-se o gosto pela aventura... predeu-se o Dakar!

E para os maiores admiradores dos espanhóis oportunos, mais uma triste notícia... a João Lagos Sport está em risco de falência.

domingo, janeiro 06, 2008

Msg Ano Novo do Presidente Cavaco Silva

O Presidente tocou num ponto essencial na sua msg Ano Novo: o agravamento injustificado e improdutivo entre oos salários dos gestores e dos trabalhadores em Portugal.

Porque se é verdade que existem lusos gestores capazes, também é incontornável que existem lusos trabalhadores capazes e empenhados, muitos deles até licenciados, mas com salários a rondar os 500, 600 euros. Só não são patrões porque têm a inteligência, empreendedorismo e espírito de iniciativa, mas não têm o capital para edificarem um negócio que compreendam e acreditem conseguir vencer.

Os apoios existentes exigem sempre algum de partida, e quem não tem suporte financeiro familiar, não consegue chegar aos subsídios e empréstimos existentes. Mais, não consegue chegar ao financiamento necessário para se dedicarem ao negócio que conseguem compreender, e por isso, onde acreditam poder vencer.

Porque os licenciados não se podem candidatar a qualquer negócio, contraindo empréstimos com juros, ainda que bonificados, para se dedicarem ao negócio possível mas que não tem nada a ver com eles, esse negócio estaria condenado ao fracasso logo à partida.

O que inflacciona os salários dos gestores de topo, é o facto de eles conseguirem manter uma oligarquia fechada, onde são sempre a mesma meia dúzia, numa redoma de vidro fechada à concorrência exterior, nomeadamente de quadros mais jovens, a não ser que sejam os seus próprios delfins. Para saírem de uma boa cadeira, só para outra melhor e mais bem paga.

Esta lusa economia onde se continua sempre a apostar na mão de obra barata, ainda que menos qualificada é suicida e está condenada a uma asfixiante derrota no quadro de uma economia global crescentemente competitiva.

Nomeadamente na Hotelaria e Turismo, onde todos os anos crescem exponencialmente o lucros, onde o Sec. Estado prevê um aumento de 11% no passado 2007, "o melhor ano turístico de sempre... ultrapassando a cifra dos sete mil milhões de euros de receitas (DN 06-01-2008)" os salários dos trabalhadores desprovidos do guito necessário ao empreendedorismo, continuam oligarquicamente baixos, sem qualquer explicação racional. O patronato no turismo é manifestamente parcial ao reconhecerem apenas o seu mérito próprio, minimizando o mérito dos seus trabalhadores em geral, e dos seus licenciados em particular.

Entretanto os jovens empreendedores, capazes e estrategas, como um verdadeiro predador, vão espreitando por entre uns quaisquer arbustos desta selva humana, a sua presa: a egocêntrica, inconsciente e suicida mentalidade desta oligarca e conservadora sociedade lusa.

E a presa vai-se pavoneando... "espelho meu, existirá alguém mais delfim, mais competente e mais bem relacionado (boy) do k eu?"