Cavaco Silva teve ontem dois pequenos banhos de multidão - os únicos nesta sua visita oficial aos Açores, que hoje termina. O primeiro ocorreu num almoço em Santana, na ilha de São Miguel, com cerca de mil agricultores. O segundo aconteceu num breve passeio a pé pelo centro histórico de Ponta Delgada, acompanhado pela autarca social-democrata, Berta Cabral, que a meio da tarde lhe ofereceu a chave da cidade no salão nobre dos paços do concelho. Cerca de três centenas de pessoas aplaudiram o Presidente da República durante o trajecto. Cavaco respondia com acenos tímidos aos aplausos e só uma vez se acercou do passeio para cumprimentar um comerciante mais efusivo.
Sóbrio e reservado, o Chefe do Estado privilegia as cerimónias oficiais e os contactos formais, abrindo poucas excepções a esta regra. Uma delas aconteceu durante o passeio em Ponta Delgada ao aceitar uma camisola do Santa Clara, oferecida pelo presidente do clube mais emblemático dos Açores quando o inquilino de Belém passou à porta da sede. Já no almoço, a convite da Associação Agrícola de São Miguel, manteve-se circunscrito à sua mesa, ao lado do presidente do Governo Regional, Carlos César, e do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, sem se movimentar na sala. O terreno onde Cavaco Silva se sente mais à-vontade é o da economia. Isso ficou ontem bem patente ao ouvi-lo falar de improviso a um vasto grupo de empresários açorianos, no Teatro Micaelense. "
A distância da geografia já contou mais do que hoje. Agora existem outras distâncias: a do conhecimento e a da inovação", afirmou o Presidente da República, elogiando a aposta dos dois Governos socialistas - o de Lisboa e o dos Açores - na formação e valorização dos recursos humanos.
E Cavaco Silva deixou um apelo: "O nosso grande desafio é a recuperação para os níveis médios de desenvolvimento dos 15 países mais ricos da União Europeia e não para a totalidade dos 27 Estados membros."
DN
terça-feira, novembro 06, 2007
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