terça-feira, dezembro 25, 2007

"Jesus Cristo, o filho primogénito de Deus"

O que será que a igreja católica quer dizer com esta expressão?

Consultemos então um dicionário de lingua portuguesa, por ex: o Infopédia http://www.infopedia.pt/pesquisa?qsFiltro=0


primogénito
adjectivo
que foi gerado em primeiro lugar;

substantivo masculino
aquele que foi gerado em primeiro lugar; primeiro filho;
(Do lat. primogenìtu-, «id.»)


Daqui resullta que Jesus Cristo não foi o 1º filho a ser gerado por Deus, segundo a própria doutrina católica, o primeiro até foi Adão. Aquele que sobre uma sua costela foi criada a mulher!

K g'anda treta!!!!!!!
:-((

Mas se os católicos querrem dizer com "primogénito" o primeiro não em relação ao calendário mas em relação à qualidade, então estão a ser altamente egocêntricos, puxando a brasa à sua sardinha, diga-se religião, e minimizando e negligenciando todos os outros profetas de todas as outras religiões e correntes filosóficas do Mundo, atitude que em nada contribui para um diálogo inter-religioso, aberto, sincero, honesto, conciliador.

Hoje é Natal

Hoje é Natal, e uma das expressões mais utilizadas nas cerimónias religiosas da igreja católica são "Jesus Cristo, filho unigénito de Deus" e "Jesus Cristo, filho primogénito de Deus". O k significam estas palavras, qual o seu significado, qual a data e circunstâncias da sua origem?"

"Filho unigénito de Deus"

O Nazareno se denominou o Filho do Homem, isto é, o ser humano mais importante de todos os tempos. Ele se intitulou também Filho de Deus. E sempre afirmava que Deus era Pai Dele e de todos nós. Mas nunca disse que Ele era Deus e o único Filho de Deus.
A expressão “Filho Unigênito de Deus” não seria, pois, uma das interpolações bíblicas?

Realmente, essa expressão é contraditória, pois ela contradiz o que Jesus deixou muito claro para nós nos seus Evangelhos: Ele e todos nós somos filhos do Deus Único. E Paulo confirmou-o: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”(Rm 8,16).

Como, pois, Cristo poderia ser o “Filho Unigênito” ou “Único” de Deus? O filólogo Ètienne Dolet morreu enforcado e queimado em Paris, em 1546, porque disse que a frase correta seria: “Jesus Cristo é Filho do Deus único”.

No Concílio de Nicéia (325), Constantino e o bispo Ósio usaram a expressão grega “Homoousios” (de mesma substância), para dizer que J. Cristo era da mesma substância divina, sendo, portanto, Deus. Mas, todos nós, em espírito, somos também da mesma substância divina, como já o afirmava Tertuliano no 3º século. Stº Atanásio defendia a tese “Homoiousios” (de substância semelhante). Já Ário, apoiado pelo bispo Eusébio de Nicomédia, apresentou a proposta “Anomoios” (de substância diferente).

Constantino queria que Jesus fosse Deus, como o eram considerados os deuses pagãos, com o que o Cristianismo seria mais forte e, conseqüentemente, o Império Romano seria também mais forte e mais unido. E a tese do poderoso Constantino tornou-se vitoriosa no citado Concílio de Nicéia (325). Mas depois disso, o Cristianismo nunca mais teve paz. E hoje, a maioria dos teólogos do mundo é ariana, exceto os da ortodoxia cristã (nosso livro “A Face Oculta das Religiões”, págs. 66 e 173).

Os teólogos justificaram essa doutrina estranha da divinização de Jesus, colocando no Credo a seguinte expressão sobre Jesus Cristo: “gerado, não criado”. Mas, se foi gerado, Cristo não existia antes de ser gerado pelo Pai. Logo, Ele não é Deus, pois Deus é eterno!


Pessoalmente, eu não podia estar mais de acordo com esta reflexão esclarecida, desempoeirada e óbvia.

sábado, dezembro 22, 2007

Ex-estrela da TV britânica é hoje um sem-abrigo

Há histórias incríveis de mudanças agudas no rumo das nossas vidas. Esta é sem dúvida, uma delas:

http://dn.sapo.pt/2007/12/20/media/exestrela_tv_britanica_e_hoje_semabr.html

terça-feira, dezembro 11, 2007

Custo Mundial da Gasolina


Já lá vai o tempo em k a "gasosa" estava a 1,37 € em Portugal... e já estávamos em 1º lugar entre os países apresentados!

Teorias do Caralho

A camisa de vénus permite inflação, impede produção, destrói a próxima geração, protege um bando de caralhos e ainda transmite um sentimento de segurança...enquanto na verdade, alguém está fodendo alguém.....

sábado, dezembro 01, 2007

Papa repreende bispos na recepção aos prelados portugueses


PAPA DÁ NAS ORELHAS AOS BISPOS


O Papa não esteve com rodeios no encontro que teve ontem com os bispos portugueses: “É preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa e a mentalidade dos seus membros”. Por outras palavras, Bento XVI disse aos prelados que o clero português tem de ser mais eficaz na sua organização e na resposta aos anseios das comunidades, por forma a conseguir travar a perda de fiéis e a diminuição constante das vocações.



“Só com um novo estilo de organização e com outra mentalidade, Portugal pode ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II, na qual esteja bem estabelecida a função do clero e do laicado”, disse o Santo Padre, num discurso carregado de citações bíblicas, colocando Cristo no centro de tudo, mas concreto nos reparos à Igreja Portuguesa, que já há oito anos não prestava contas em Roma.


Os bispos portugueses, que preferem falar de “preocupação partilhada” em vez de repreensão do Papa, assumem que “o actual momento da Igreja portuguesa não é o melhor” e ficaram com a consciência plena de que o Sumo Pontífice leu os relatórios e está bem informado do que se passa em Portugal.


Aliás, nas audiências aos bispos de cada diocese, Bento XVI focou questões concretas, falando, por exemplo, das celebrações em santuários aos titulares das dioceses de Leiria e Braga, das questões universitárias aos de Lisboa e Porto e das áreas sociais e da família aos de Setúbal, Évora e Beja.


“Sabemos que o Santo Padre está preocupado, mas a preocupação também é a nossa, ou seja, a de sermos mais eficazes, não no sentido do marketing, porque a Igreja não vai por aí, mas no sentido de correspondermos de forma mais eficaz aos anseios espirituais das pessoas”, disse ao CM D. Carlos Azevedo, no final do encontro com o Papa.


Um encontro no qual Bento XVI falou claro e deu pistas concretas, dizendo aos bispos que, para evitar a perda de fiéis e, sobretudo, o aumento do número de não praticantes, o melhor é rever a catequese dos primeiros anos e a forma como é ministrada. “À vista da maré crescente de cristãos não praticantes nas vossas dioceses, talvez valha a pena verificardes a eficácia dos percursos de iniciação actuais”, disse o Papa, acrescentando que é necessário que, “na vida da Igreja”, os padres se ocupem cada vez mais das coisas de Deus e os leigos das coisas dos homens.


Recorrendo aos resultados do Grande Jubileu do ano 2000, o Papa aludiu a uma certa falta de eficácia pastoral, referindo que “a confissão mais frequente nos lábios dos cristãos foi falta de participação na vida comunitária”.Para o porta-voz da Conferência Episcopal, D. Carlos Azevedo, “todo o clero, bispos e padres, têm de levar a sério as palavras avisadas do Papa”.


PADRES COM MEDO DOS LEIGOS


Pôr os padres a fazer apenas o que lhes pertence e entregar aos leigos boa parte da actividade paroquial e das comunidades, foi uma das mais concretas recomendações do Papa aos bispos portugueses. Ideia com a qual todos parecem concordar, mas que ainda assusta muitos padres em Portugal. D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal (CEP) disse ao CM que “ainda há muitos padres com medo dos leigos”, situação que “é necessário combater”.


D. Carlos Azevedo, porta-voz da CEP, diz que “não se compreende que um padre ande preocupado com a construção de lares ou centros de dia, porque essa tarefa pode e deve ser levada a cabo por leigos. O padre deve preocupar-se com a qualidade das celebrações, da catequese e da evangelização”.


SAIBA MAIS


37 bispos estiveram esta semana em Roma na visita Sacra Limina, que os prelados realizam ao Vaticano, por norma, de cinco em cinco anos.


Portugal tem nesta altura 41 prelados, sendo que 21 são titulares (os das 20 dioceses e o das Forças Armadas) e 20 são eméritos.


Destes, 17 marcaram presença na visita a Roma.


CÂNTICOS

D. Carlos Azevedo, secretário da CEP, diz que “era fundamental que existisse um livro de cânticos litúrgicos a nível nacional”.


FÁTIMA

No discurso de ontem, o Papa não esqueceu Fátima, dizendo que é como “uma escola de fé” em que os bispos devem sentar-se como “humildes alunos que precisam de aprender a lição”.


CONVITE

Bento XVI não foi formalmente convidado a visitar Portugal, porque “este não era o momento”.

Secundino Cunha, Enviado especial Vaticano
CM